terça-feira, 25 de outubro de 2016

Conjunturas

São exatamente 1:57, aqui estou eu outra vez.
Com alguns arranhões, com novas histórias, mas com os mesmos sonhos de antes.

Depois de passar tanto tempo longe dos nossos diálogos semanais, sou obrigada a confessar que senti tua falta.
Mas o tempo é um remédio que se faz necessário em certas conjunturas da vida. Ainda mais neste momento.
Porém hoje aprendi uma frase, uma nova filosofia: Noites escuras são necessárias para que as estrelas possam brilhar.

Hoje eu sou estrela. Você é escuridão.
Meu breu.
Meu labirinto.
Meu eu, meu nós, meu tudo.

Irônico é falar de amor sem saber amar.
Paixão é desperdício se não se tem coragem para amar.
Coragem é viver sem medida, e a medida do nosso amor é algo ainda não calculado.

Um vendedor de flores já viu mais amores certos e declarações sinceras do que muitos altares.
Mas nada é mais certo do que a incerteza dos nossos dias. Dias tão propícios que acabam por se tornar tediosos. 

Mas porquê?
Deixo meus lábios encontrarem as respostas nas profundezas do seu olhar.

Negro.
Profundo.
Pequeno e misterioso olhar.

O relógio marca a hora de terminar, embora eu sinta que ainda existem coisas para se falar.
Mas deixo isso pra outra hora, para ver se você olha, que é pra ver se você volta.


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