segunda-feira, 28 de março de 2016

Chuvas de março

Varginha, 28 de março de 2016;

A chuva cai com toda a sua graça e vontade.
Leva boeiro a baixo todas as folhas secas que já caem sobre o chão, assim como toda a sujeira e amargura do meu coração.
Retomo a escrita dos meus diários semanais sobre a mesma perspectiva em que foi criado. E por incrível que pareça, bem no fundo da minha alma para a mesma pessoa.

Todas as vezes que escrevemos algo na internet sobre alguém (que provavelmente não vai ler) ou sobre um assunto específico temos dentro do nosso intimo uma falsa (e até infeliz) sensação de que aquelas palavras atingiram em específico uma pessoa. Aquela pessoa.
E assim como no começo, esse recomeço vem dominado pelo mesmo sentido e sentimento.

Já disse diversas vezes aqui sobre perspectivas, sonhos, objetivos e desafios do nosso futuro e do meu cotidiano. Até porquê este é o objetivo do Diário Semanal.

Focos semanais.
Metas semestrais.
Objetivos anuais.
Sonhos de uma vida inteira perdidos e reencontrados em meio à caminhos traçados.

Qual será o meu, o seu, o nosso destino?

Estaremos nós condenados a viver dias massacrantes de uma rotina "teoricamente organizada"?
Estarei eu condenada a lembrar-me de você (ou de nós) todas as noites?

Hoje a chuva cai e a névoa que envolve o meu corpo me remete as inúmeras noites de nossos holocaustos filosóficos e aprendizado profissional.
Eu ousaria pedir um Whisk, talvez um vinho ou quem sabe apenas um expresso. Assim me embebedar de você até aonde eu aguenta-se.
Mas prefiro não me afogar mais do que o normal nessa breve e estúpida ilusão.

As luzes da rua se apagam e daqui de cima tenho a oportunidade de apreciar as distantes luzes do centro da cidade.
Um brilho amarelado, distante e belo.
Seria essa mais uma chance de mergulhar em meu desvaneio ou apenas um acontecimento rotineiro?

Volto meu rosto para o céu. E com os olhos fechados absorvo alguns pingos da chuva gélida e respiro o ar puro trazido por uma rajada de vento.
Abro-os lentamente e faço uma prece profunda e silenciosa.
Seria aquele o criador de tudo capaz de me absolver desse martírio?
Ou seria essa a minha Cruz?

Volto novamente a encarar a Avenida que me cerca. 

Solitária.
Fria.
Triste Avenida.

Solitária e Fria.
Sofria.



domingo, 6 de março de 2016

Quebrando o Tabu - SADOMASOQUISMO -

Apesar do Brasil ser conhecido como o "País da libertinagem", ainda existem muitos tabus em torno do assunto sexo e suas diversas formas de ser praticado.
E se você, meu caro leitor já esta me julgando por estar falando desse assunto tão abertamente, saiba que você faz parte da sociedade que ama criar e praticar tabus.

E para começarmos entendendo bem a matéria de hoje, vamos começar pela definição!

Sadomasoquismo


Trata-se da prática que associa o sadismo, excitação pelo ato de causar dor e sofrimento, com o masoquismo, em que a pessoa sente prazer gerado pela dor causada por alguém. Portanto, os praticantes do sadomasoquismo curtem relações sexuais que aliam dor e prazer na mesma medida.

Mas a prática do sadomasoquismo vai mais além do fato de extrair prazer da dor.
Tem uma relação direta com a intimidade, respeito e química do casal.

Por isso o New Life fez um resumão bem completo e fácil, para você entender tudo dessa prática ainda tão condenada.

* O sadomasoquismo só utiliza chicotes?

Não!
Se o casal optar por só usar esse tipo de apetrecho, não há problema algum. 

Mas na hora da relação o casal pode utilizar algemas, velas, vendas, etc. Como também pode utilizar somente a força corporal e obviamente, a criatividade.

* Qual o limite?

Depende da disposição do casal e do limite de cada um. Quanto maior o entrosamento do casal, maior será o prazer obtido. Mas é de extrema importância que o casal crie algumas "palavras de emergência", para que a dor não ultrapasse o prazer e se torne algo realmente ruim.

* Encenações ajudam?

Alguns casais precisam criar uma "histórinha" para poder entrar no clima, outros porém não precisam de nenhuma ficção para obter sucesso na preliminar.

Pesquisas ainda revelam que entre os brasileiros as mulheres são as maiores praticantes de masoquismo, enquanto os homens praticam mais sadismo.

Bem, por hoje é isso!
Espero ter conseguido explicar um pouquinho mais sobre mais esse tabu para vocês.

Espero que tenham gostado!

Contato: mariana.nogueira96@hotmail.com 


 

sexta-feira, 4 de março de 2016

Cafeina

Varginha, 4 de março de 2016;

Não, este não é meu primeiro relato nessa nova selva de pedra. Acredito que esse seja o 4° ou 5° fragmento e este chega carregado de cafeína e cansaço.

A semana finalmente chega ao seu fim. Infelizmente não da maneira imaginada, mas chega.
Estremeço recordar os últimos acontecimentos.
É difícil ser racional e frio. 
É difícil não perder o chão.

A sexta-feira avançou em uma velocidade violenta, a escuridão da noite chegou e se instaurou em uma velocidade extremamente alta e a produção gerada não foi a mesma que a planejada.
A semana não seguiu o script planejado.

Mais uma vez estremeço. A lembrança da madrugada dessa segunda-feira voltam a dominar a minha mente e é impossível não sentir um vazio dominador.
Mas nada é perpétuo, tudo é temporário e com o avançar desse dia recebo boas notícias.

"Cada um se mata como pode", alguns se drogam, outros dirigem como loucos, como não tenho nem dinheiro muito menos carro, bebo café.
Uma, duas, três canecas transbordando de café quente e forte não é mais o suficiente. É necessário algo mais forte e intenso, é necessário a solidão.

É estranho e eu entendo o espanto, mas as vezes só o silêncio é capaz de resolver e responder algumas perguntas. É preciso ficar sozinho, se "isolar" por alguns dias, se faz necessário dias sem se arrumar, sem arrumar cama e muito menos desculpas para sorrir.

A noite avança e agora são quase 22 hrs, e deixo para você uma frase de reflexão:
"As vezes se faz necessário o fato de não se defender das ações humanas, as vezes é preciso somente viver.

- Mariana Arantes

terça-feira, 1 de março de 2016

Riscos

As coisas começam a acontecer. Com mil e uma dificuldades, mas começam a acontecer.
Vejo coisas, percebo o mau me rondando e reflito (quase piro) durante as frias e vazias madrugadas.
Nada acontece como o imaginado. Somos capazes de calcular os riscos mas não podemos evita-los em 100%.
As falsas palavras de aconchego emocional e psicológico chegam até os ouvidos. São absorvidas com minuciosidade e cuidado.
O passado ronda e traz as experiências vividas.
Calma! 
Essa palavra já virou um mantra interior.
Respira!
Um ato contínuo, ordenado pelo coração.
Um tiro no escuro neste momento pode ser fatal. 
O corpo como um todo soa frio, as mãos soam exageradamente durante todo o dia e as vezes um leve tremor sobe pela espinha e anuncia um novo risco.
Risco...
Palavra rotineira, vivenciada e desmistificada vagarosamente durante a semana. 
Tudo novo, tudo extremamente recente e desconhecido. 
Arriscar ou esperar a hora certa? Qual será a hora certa, quem saberá qual é a hora e como reagir à ela?
Este é um novo risco à se correr...

Mariana Arantes